No Brasil quase um terço da população possui baixos níveis de letramento. Entre os jovens e adultos, considerando-se aqueles que tem mais de 15 anos, cerca de 13% são analfabetos, ainda que um terço deles, já tenha passado pelo ensino fundamental. Entre as crianças, mais da metade das que chegam a 4ª série não tem apresentado um rendimento adequado em leitura. Quase 30% dessas crianças não sabem ler.
Esses dados nos levam a refletir: o que acontece com o nosso país? O que acontece em nossas escolas? Por que parte significativa das nossas crianças não se alfabetizam?
Segundo Magda Soares:
"Dissociar alfabetização e letramento é um equívoco porque, no quadro das atuais concepções psicológicas, linguisticas e psicolinguisticas de leitura e escrita, a entrada da criança (e tambem do adulto analfabeto) no mundo da escrita se da simultaneamente por esses dois processos: pela aquisição do sistema convencional da escrita - a alfabetização e pelo desenvolvimento de habilidades de uso desse sistema em atividades de leitura e escrita, nas práticas sociais que envolvem a língua escrita - o letramento. Não são processos independentes e indissociáveis: a alfabetização se desenvolve no contexto de e por meio de práticas sociais de leitura e de escrita, isto é, através de atividades de letramento, e este, por sua vez, só pode desenvolver-se no contexto da e por meio da aprendizagem das relações fonema-grafema, isto é, em dependência da alfabetização."
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